30 setembro 2004
29 setembro 2004
28 setembro 2004
27 setembro 2004
The Freak Show
F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S   F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S  F   E   I   O   S   P   O   R   C   O   S   M   A   U   S |
26 setembro 2004
D
F***ing idiot(s)!
Para ouvir em silêncio
*Que, muito provavelmente, será o centro da sua actuação no primeiro Festival Para Gente Sentada, que decorre nos dias 1 e 2 de Outubro em Santa Maria da Feira, no Teatro António Lamoso.
NIKOLAI GETMAN: The Gulag Collection
Punishment By Mosquitoes [oil on canvas, 42.1 x 28.8 inches]
The torture-death depicted here was known as komariki (little mosquitoes). For even an insignificant misdeed, such as a harsh word to a guard, a prisoner could be stripped naked, hung crucifixion-style to a pine tree, and left to be fed upon by mosquitoes. Within thirty minutes to an hour he would be taken down. By that time, however, he would have lost so much blood that a slow and painful death was almost inevitable. Such executions were carried out beyond the barbed wire, in full view of the other prisoners. In some camps, the victims of komarki were not hung on trees, but were thrown instead into pits.
Quantas são, hein, quantas são?
A propósito: a pergunta é Qual o número de civilizações com capacidade de comunicação na Via Láctea?
25 setembro 2004
Os teoremas de Gödel
24 setembro 2004
23 setembro 2004
Lembram-se dos Jetsons?
Carros voadores deverão começar a chegar ao mercado dentro de 25 anos, pelo menos são estas as previsões de investigadores de empresas como a Boeing e a NASA. Dentro de cinco anos, os investigadores esperam já ter desenvolvido a tecnologia necessária para a construção destes veículos tão fáceis de conduzir como um vulgar automóvel.Ora...achei que este tema merecia uma investigação mais profunda. Depois de googlar "Flying car", passados uns árduos 0,15s aparece, no topo da lista de 4.460.000 resultados, o sítio da Moller International. E aqui está ele:
A Moller International já aceita encomendas.Passengers: 4
Top speed @ 25,000 ft: 350 mph
Cruise speed @ 25,000 ft (80% Max Range): 315 mph
Cruise speed @ 25,000 ft (Max Range): 205 mph
Cruise speed @ Sea Level (Max Range): 140 mph
Maximum rate of climb: 5100 fpm
Maximum range: 750 miles
Net payload: 750 lbs
Fuel consumption: approx. 20 mpg
Operational ceiling: 32,000 ft
Gross weight: 2400 lbs
Installed engine power: 865 hp
Power boost (emergency): 33%
Dimensions (LxWxH): 21.5' x 8.5' x 7.5'
Takeoff and landing area: 35 ft dia
Noise level at 500 ft: 65 dba (Goal)
Vertical takeoff and landing: yes
Uses automotive gas: yes
Emergency parachutes: yes
22 setembro 2004
Até onde vai a coerência?
"Em Portugal não podemos contar com as declarações fiscais para que daí se possam tirar consequências necessárias". "Não foi possível com as propinas, não seria possível com as taxas moderadoras", reforçou no final de uma visita ao Instituto Nacional de Emergência Médica, em Lisboa. Uma alteração deste sistema imporia uma alteração do SNS tal como está concebido e criaria "uma injustiça fiscal suplementar", acrescentou.Pergunto mais uma vez: e no caso da nova lei do arrendamento, como irá ser aferido o rendimento dos inquilinos?
Autumn
our children have grown up and moved away.
living their own lives, they say...
it all seems very strange to me.
I don't understand their ways:
our children amaze me all the time
and I often wonder why they make me feel
so sad and suddenly old.
Now we're left with an empty home,
from our nest all the birds have flown for foreign skies.
We're discarded, of no further use,
though we gave our kids all our youth and all our lives -
we really tried.
Now there's only my wife and me;
we used to have a family - now that's gone
and only memories linger on...
it all seems very wrong to me.
To our sorrows they were quite deaf
and as soon as they could they left us to our tears.
We always tried to teach what was good -
yes, we gave our kids all we could through all the years.
So here we are at last;
the time has gone so fast and so have my dreams.
I simply don't know what it all means,
this pointless passage through the night,
this autumn-time, this walk upon the water....
I wonder how long
it will be till this song
is sung by our own sons and daughters?
Peter Hammill, Over
21 setembro 2004
20 setembro 2004
Novos books
Interregno
Todo o prestígio consiste na posse, pelo prestigiado, de qualidades que o prestigiador não tem e se sente incapaz de ter. O povo português é essencialmente descontínuo na vontade e retórico na expressão: não há cousa portuguesa que seja levada àvante com firmeza e persistência; não há texto genuinamente português que não diga em vinte palavras o que se pode dizer em cinco, nem deixe de incoerir [sic] e romantizar a frase. Logo desde o princípio, Salazar marcou, e depois acentuou, uma firmeza de propósito e uma continuidade de execução de um plano; logo desde o princípio falou claro, sóbrio, rígido, sem retórica nem vago. O seu prestígio reside nessa formidável impressão de diferença do vulgo português.
No meio de um povo de incoerentes, de verbosos, de maledicentes por impotência e espirituosos por falta de assunto intelectual, o lente de Coimbra (Santo Deus!, de Coimbra!) marcou como se tivesse caído de uma Inglaterra astral. Depois dos Afonsos Costas, dos Cunhas Leais, de toda a eloquência parlamentar sem ontem nem amanhã na inteligência nem na vontade, a sua simplicidade dura e fria pareceu qualquer cousa de brônzeo e de fundamental. Se o é deveras, e se a sua obra completa o que a intenção formou, são já assuntos de especialidade, e sobre os quais nem o público, que deles nada sabe, nem eu, que sei tanto como o público, poderemos falar com razão ou proveito.
De este prestígio resulta o contraste com Afonso Costa. Quando este apresentou, em 1912(?), o seu superavit, foi recebido à gargalhada pelo público, e os seus próprios partidários tiveram de fazer esforços sobre si mesmos para ter fé na obra, como a tinham no homem. Quando Salazar apresentou o superavit, todo o grande público imediatamente o aceitou. Não foi pois o superavit, comum aos dois que provocou o prestígio: o prestígio de um, o não prestígio de outro, eram anteriores ao espectáculo financeiro.
in Fernando Pessoa, Da República
19 setembro 2004
Jogos Olímpicos em Lisboa em 2016?
Bom dia, 7.ª arte!
Trocando por miúdos, uma viagem ao passado com paragens em obras emblemáticas de alguns dos maiores cineastas de todos os tempos - Alfred Hitchcock, Orson Welles, Howard Hawks, John Ford, George Cukor -, na companhia de estrelas tão reluzentes como Katharine Hepburn, Cary Grant, Henry Fonda, John Wayne, Fred Astaire ou Ginger Rogers.
Mais aqui; e a lista dos filmes também aqui está.
18 setembro 2004
A Busca Intermitente
Eugène Ionesco
O candidato
O Amigo da Música
17 setembro 2004
London Calls
Some albums evolve into classics. But The Clash’s London Calling was born that way. At least that’s the evidence offered by 21 recently unearthed demos that Mick Jones, Paul Simonon, Topper Headon and the late Joe Strummer recorded on a Teac four-track in spring 1979 at Vanilla, a makeshift rehearsal space housed in the back room of a Pimlico, London car-repair shop. These raw, previously unreleased performances are the bonus-track bonanza of Epic/Legacy’s expanded two-CD London Calling: 25th Anniversary Edition, due September 21. The original 19-track album, a double-LP punk landmark that Rolling Stone proclaimed the best album of the ’80s, will be presented on Disc One (a Legacy spokesman tells ICE that the disc has been mastered from the same upgraded source used for the 2000 reissue). "The Vanilla Tapes" — which include work-in-progress snapshots of 15 of the final album’s tunes and five songs that never resurfaced — fill Disc Two. A bonus DVD then features the videos for "Train in Vain," "London Calling" and "Clampdown," plus a new 40-minute "making of" documentary created by director Don Letts.
Bubbling under the tape hiss, distortion and other analog anomalies is riveting proof that The Clash’s melding of British punk and reggae with vintage American rockabilly and blues was an organic creation rather than a shotgun marriage. Instrumental rough drafts like "Paul’s Tune" (the rock-steady blueprint for "The Guns of Brixton"), "Working and Waiting" (aka "Clampdown") and "Up-Toon" (which would materialize into the horn-fueled "The Right Profile") sound fully formed.
Rounding out "The Vanilla Tapes" are unissued performances that Jones says he barely remembers attempting: the raging "Heart and Mind," about the inner conflict of right and wrong ("We didn’t like it much," Jones recalls, "but it sounds better now than it did back then"); a reggae number called "Where You Gonna Go (Soweto)" ("Funny that one — we don’t know who wrote it," Jones says. "We might have"); a tongue-in-cheek country weeper called "Lonesome Me"; a loping cover of Bob Dylan’s "The Man in Me" ("That’s from New Morning, my favorite Dylan album"), modeled after an arrangement by British reggae heroes Matumbi; a warm-up romp through 1977’s "Remote Control," which the group had ceased performing in concert; and a blues instrumental titled "Walkin’ the Slidewalk."
The bonus DVD’s documentary, titled The Last Testament — The Making of London Calling, features interviews with all four band members. But the most revelatory material is previously unseen black-and-white footage of the eccentric Stevens (best
known for his work with Mott the Hoople and Spooky Tooth) running amok in the studio, throwing chairs and taunting the band while tape is rolling. "We’ve talked about that before, and nobody believed us," Jones says. "They thought we were over exaggerating, but now they’ll know we were under exaggerating. We were going so fast, things like that could happen without you even noticing. But it got us fired up really. Much of what we learned from London Calling was about recording in the moment. Guy instilled in us that feeling that every time you walked in the studio, you could be putting the thing down that would be the one."
...e a não perder ABSOLUTAMENTE!
Amanhã, a não perder...
O regresso de Freud & Maquiavel à rádio. Na Antena 1 - que ainda não actualizou a sua programação - às 11.00h. Contrariamente ao que haviam anunciado, o programa chamar-se-á Alma Nostra.
Feira do Livro da Amadora
16 setembro 2004
100 TAO PEIA
Laços familiares (2)
Toda a família em Cuba se surpreendeu quando chegou de Miami um ataúde com o cadáver de uma tia muito querida. O corpo estava tão apertado no caixão que o rosto estava colado no visor de cristal.
Quando abriram o caixão encontraram uma carta, presa na roupa com um alfinete, que dizia assim:
Queridos Pai e Mãe:
Estou enviando os restos da tia Josefa para que façam seu enterro em Cuba como ela queria. Desculpem por não poder acompanhá-la, mas vocês compreenderão que tive muitos gastos com todas as coisas que aproveitando as circunstâncias, lhes envio.
Vocês encontrarão dentro do caixão, sob o corpo, o seguinte : 12 latas de atum "Bumble Bee", 12 frascos de condicionador, 12 de champoo "Paul Mitchell", 12 frascos de Vaselina "Intensive Care" (muito boa para a pele - não serve para cozinhar!) , 12 tubos de pasta de dente Colgate, 12 escovas de dentes, 12 latas de "Spam" das boas (são espanholas) e 4 latas de "chouriço" El Miño (verdadeiras). Repartam com a família (sem brigas !!!)
Nos pés de Tia estão um par de ténis Reebok novos, tamanho 9 para o Josesíto porque com o cadáver do Tio não se mandou nada para ele, e ele ficou amuado).
Sob a cabeça há 4 pares de "popis" novos para os filhos do António, são de cores diferentes (por favor, repito não briguem!). A Tia está vestida com 15 pullovers "Ralph Laurent", um é para o Robertinho e os demais para seus filhos e netos.
Ela também leva uma dezena de soutiens Wonder Bra (meu favorito), dividam entre as mulheres, e também os 20 vernizes de unhas Revlon que estão nos cantos do caixão.
As 3 dezenas de cuequinhas Victoria's Secret devem ser repartidas entre as minhas sobrinhas e primas. A Tia também está vestida com 9 calças Docker's e 3 jeans Lee; Pai, fique com 3 e as outras são para os meninos. O relógio suíço que o pai me pediu está no pulso esquerdo da Tia. Ela também leva o que a mãe pediu (pulseiras, anéis, etc) O colar que a Tia está usando é para a prima Rebeca e também os anéis que ela tem nos pés. E os 8 pares de meias Chanel que ela veste são para repartir entre as conhecidas e amigas, ou, se quiserem, vendam-nas (por favor, não briguem por causa destas coisas, não briguem).
A dentadura que pusemos na Tia é para o Avô, que ainda que não tenha muito o que mastigar com ela sentir-se-á melhor (ele que a use, pois custou cara).
Os óculos bifocais, são para o Alfredito, pois são do mesmo grau que ele usa, e também o chapéu que a Tia leva. Os aparelhos para surdez que ela tem nos ouvidos são para a Carola. Eles não são exactamente os que ela necessita, mas que os use mesmo assim, porque são caríssimos.
Os olhos da tia não são dela, são de vidro. Tirem-nos e nas órbitas e vão encontrar a corrente de ouro para o Gustavo e o anel de brilhantes para o casamento da Katiuska. A peruca platinada com reflexos dourados que a Tia usa também é para a Katiuska, que vai brilhar, linda, no seu casamento.
Se vocês tirarem a cabeça de tia vão encontrar dentro o que o Armandito me pediu, a X-BOX e os jogos. Tirem tudo que lhes enviei antes que eles se dêem conta e fiquem com tudo!
Com amor, vossa filha Carmencita.
PS: Por favor, arranjem uma roupa para vestir à Tia para o enterro e mandem rezar uma missa pelo descanso de sua alma, pois realmente ela ajudou até depois de morta. Como repararam o caixão é de madeira boa (não dá caruncho); podem desmontá-lo e fazer os pés da cama da Mãe e outros arranjos em casa.
O vidro do caixão serve para fazer uma moldura para a fotografia da Avó, que está, há anos precisando de uma nova. Com o forro do caixão, que é de cetim branco ($ 20,99 o metro) a Katiuska pode fazer o seu vestido de noiva.
Não esqueçam, com a alegria destes presentes, de vestir a Tia para o enterro.
Adoro-vos ! Carmencita
POR FAVOR, NÃO BRIGUEM PELAS COISAS, POIS ENQUANTO PUDER MANDAREI MAIS.
Com a morte da tia Josefa, a tia Blanca adoeceu ; não desanimem, logo logo, vocês receberão mais coisas.
Beijos, beijos, beijos
Carmencita
Estratégia Oblíqua para hoje
15 setembro 2004
A world première!
Para a estreia, só podia ser Chopin: Grande Polonaise brillante précédée d'un Andante spianato, op. 22.
Enjoy!
Laços familiares
Quando souberam que eu ia de Metro para o trabalho, fizeram questão de, todos os dias, irem despedir-se de mim à estação.
A night at the theatre
P.S. (Poor Sound) - Acústica péssima.
14 setembro 2004
Indicadores da OCDE sobre educação.
1. Nas tendências das habilitações escolares da população entre os 25 e os 64 anos, entre 1991 e 2002, verifica-se que
- a percentagem de portugueses com o 9.º ano do escolaridade, ou menos, passou de 86% em 1991 para 80% em 1995, mantendo-se nesse valor até 2002; esse é o segundo valor mais elevado dos países da OCDE, só melhor que o do México (87%). A média dos países da OCDE é de 33%.
- com 9% - dessa população - titulares de um curso superior, ocupamos um honroso penúltimo lugar ex-aequo com a Turquia. Mais uma vez, o México é o último com 6%. A média dos países da OCDE é de 23%.
2. Percentagem da população dos 20 aos 24 anos que só completou o 9.º ano de escolaridade (2000): Portugal: 47,4% - só pior que a Turquia (55,7%) e o México (70,3%). A média da OCDE era 19%.
Até aqui, tudo normal. Agora quando perguntaram aos míudos de 15 anos o que queriam ser quando fossem grandes, deu isto...
3. Expectativas ocupacionais da população com 15 anos, aos 30 anos (2000)
Trabalhadores especializados nos serviços | Trabalhadores indiferenciados nos serviços | Trabalhadores especializados na indústria | Trabalhadores indiferenciados na indústria | |
Portugal | 76,5% | 9,5% | 5,1% | 9% |
França | 48,9% | 14,7% | 9,9% | 26,5% |
E.U.A. | 80,5% | 8,2% | 5,1% | 6,2% |
México | 86% | 3,6% | 2,1% | 8,2% |
Média OCDE | 62,2% | 13,9% | 10,1% | 13,8% |
Taxas impostas ou impostos taxativos?
Impostos - importâncias que o Estado preleva sem dar especificadamente nada em troca aos que as pagam.Fácil, não é?
Taxas - preços autoritariamente estabelecidos, que o Estado recebe pela prestação de outros serviços ou bens semipúblicos. São preços geralmente inferiores ou iguais ao custo.
13 setembro 2004
how can we be found if we're lost for words?
And when language corrodes
all our faculties falter and blur.
Nobody knows how our tongues got so swollen and furred.
What truths are there left to be told
when we're all lost for words?
(Babel)
Words upon words
stack the tower of Babel
brick on brick on straw on clay
but a whispering stirs
and the structure's unstable
when all the scaffold's stripped away.
We're ever quick to aver
that we are ready and able
but we can't say what's coming, come what may.
By definition self-obsessed
we strive to make ourselves plain
with words that pass the acid test
with passive thought in train.
Words upon words,
fiction, folly and fable,
each pregnant pause a dead giveaway...
ploughing on undeterred
as the sell-bys expire on our labels
though at length we'll have little or nothing to say
it would be too absurd
to spend life all agaze at our navels -
oh, we've got such limited time to go on and explain.
So, running off at the mouth,
we all get carried away
uncertain when it all goes south
if we mean what we say.
If we mean what we say....
(Logodaedalus)
Logorrhea
independent of the brain
not a moment to reflect
only time to wick up the gain
what was he thinking of and
why did he dream he could convey a bright idea?
While his tongue was wagging
he forgot to use the space between his ears.
Logodaedalus
with the cunning of a fox
paint him devious
in the corner of the room,
pop Pandora out of her box.
What is he on about and
why are his arguments so needlessly arcane
in their brilliance?
He's close to appearing more than slightly inane
with his crooked logic
and his dog-eared dictionary close to hand....
I don't think he's got it
but he's insistent that we're going to understand
his complete precision;
in the end he's certain that we'll all agree
with his definition...
an obsolescent word from 1663.
That says it all for me.
(Like perfume)
Once spoken,
words perfume the air
like woodsmoke, like a breath of self that's no longer there.
Such confidence,
such half-baked truth...
the sound of distant voices mocks the hubris of youth.
(Your word)
Burnt the bridges, burnt the tread;
the sodden syllables are turned.
You can't take back what you said
when you give your word.
(Always and a day)
Always and a day
we swore in common vow
that tomorrow we would stay
the same as now,
the same as now.
In every future verb
we deny our own "Until";
this the promise that we serve -
we have time to kill:
I will, I will,
I will, I will,
I will, I will
always and a day.
(Cretans always lie)
It's impossible to trace
these words in carbon paper trail
for just as Zeno's arrow flies the snake is eating its tail.
And in contradictory style
the soldier and the steer attend
around the mark of the five hundred all in charge of a friend.
"The Cretans always lie"
claims the Cretan.
The Cretans always lie.
A kiss the gift from hell
light, the poison pillow, dear...
and as we gag on it translation smacks of something like
"Cretans always lie"
claims the Cretan;
"Of Cretan stock am I,
am I Cretan?
"Why don't we hook this old short circuit to the value of Pi?
"Cretans always lie"
claims the Cretan;
"Of Cretan stock am I,
(so) am I Cretan?"
And Zeno's arrow flies,
through the ether.
Come on...let's see how the paradox flies.
(All Greek)
Fried up the brain
with rhetorical questions
dictionary games
and conundrums ear to ear.
When we say what we think
do we think what we're saying's
missing a link,
inconsistent in idea?
(in internal stage whispers
wordless the scriptgetting lost in contradictory talk....)
Losing the thread
(in a set of stage whispers)
"It's nothing"... (he said)
If I meant that it would say it all.
(Spoken, the lines are misshapen....)
speaking my mind
but the mind that thinks out loud's not thinking straight at all.
All my ideas formed entirely without words
speechlessly, you get the picture?
ne, oxi, oxi, endax'
hai, iie, iie, redact....
All greek to me, all in double dutch phrases,
cacophony of linguistic dismay,
orotund talk and the sound of my voice is
fractured and forced;
I can't get out what I mean to say,
parroted lines all misshapen...
speaking my mind
but the mind that thinks out loud is close to blown away.
And when ideas come entirely without words
their purity is unalloyed
even to ourselves unspoken is unheard
and so we try to give them voice
but languages have all evolved to meet the needs
of every individual culture
so with every syntax that we press them to we see
their essences adulterated...
ne, oxi, oxi, endax'
hai, iie, iie, redact....
(Call that a Conversation?)
Oh, spit it out, there's no way we'll see eye to eye -
my simple truth is your warped confusion;
as off different planets we spin eccentric jive.
I don't remember what I said
I don't think you do either.
Slippery of tongue though you claim my speech may be
all of the words you've been putting in my mouth just flatter to deceive.
I never said the half of that
you're utterly mistaken
call that a conversation?
Yeah, you said it,
all my meaning, quite misread it...
this conversation let's forget it now.
I can't believe what you just said
call this a conversation?
Let's call it quits,
let's just say it's
a measure of the distance between our worlds.
I don't remember what I said,
I don't think you do either;
you make what you will of meaning -
call that a conversation?
More likely just the space between words
when the meanings have all changed.
(The Meanings Changed)
From the first word that I said to the last
some strange echo remains
imprinted in the walls
recorded in the vaults
we talked and tunneled through
but the meanings have all changed.
Because of all I said
you began to regard me as strange
until with some relief
you suspended disbelief
I tried to tell the truth
but my meaning was all changed.
I saved one final word
to pay off this long sentence in spades
but what I thought I said
was patently misread.
The spoken word
is broken here
and in between the two of us
the meaning is all changed.
(Gone ahead)
We bite off our tongues
while chewing the fat;
though the fire in our lungs is celestial
our delivery falls flat.
Would a time come to be silent?
Oh, we never spoke of that.
We talked out of turn
in the school of hard knocks;
although willing to learn from experience
it still comes as a shock
when the time comes to be silent...
one by one the jaws all drop.
The voice is still clear in my head;
it's the last word in monologue....
close-up, interior, night.
mmm...
The voices alive in my head
are all tongue-tied to silence now.
It's the darkest of moods,
it's the cruellest of jokes
that this facility I used, once so fluent,
is cut out at a stroke.
And the time came to be silent
as the core connection broke....
absurd ineloquence,
my own words on which I choke.
Swallowing deep on the thread,
so much I'm losing now,
so many things left unsaid
and the voice I've been using is
gone ahead.
(Power of Speech)
Always we shout to be heard
as though our voices could express
the sense of sentences deferred
and of lessons learned,
of storylines unfolding,
of the truths of our innocence and shame,
of life, the very breath that we are holding,
of our very names.
We shoot our mouths off in adventure,
we ram the ammunition in the breach,
blow up the flowering of sense
with the power of speech.
(If Language Explodes)
And if language explodes
in our faces like shrapnel
all self-defence is blown away.
In the end this reasoning's sound:
how can we be found
if we're lost for words?
Oh, still in the search for the words....
I've said my piece,
I'll take my leave now,
breathe not a word
of my disarray.
Ssh.
All of the words have flown away....
Peter Hammill.
Incoherence.
Sshhhhhh.....